ÍNDICE DE AGÊNCIA
Tipos muito diferentes de sujeitos, todos ligados, uns aos outros, numa relação unidirecional de causa e efeito, isto é, de agentes cujas ações produzem pacientes que, por sua vez, podem se tornar agentes, quando reagem à ação que sofreram (Lagrou, 2007:55)
ÍNDICE, ÍCONE.
Que na relação pragmática e interacionista do seu modelo, não é preciso distinguir índice de ícone. Pois todo ícone já é na verdade índice: pois a imagem age sobre a pessoa, partilha nas qualidades daquilo que é imagem (Lagrou, 2006:14).
Ou então, que o símbolo, por sua vez também é englobado pelo índice> tendo em vista que a abdução de agência á qual o índice induz, supõe operações cognitivas (Lagrou, 2006:14).
Simbolo (interpretação)
ícone (semelhança) são pressupostos para a abdução de agência causada pelo índice.
domingo, 11 de março de 2012
PETER GOW
GOW, Peter. 1990. "Could Sangama read?". History and Anthropology, 5:87-103.
Gow (1990), ao analisar relato sobre o conhecimento da escrita por um líder piro, Sangama, antes da introdução da escrita e da escola pelos missionários do Summer Institute of Linguistics, estabelece igualmente uma relação entre o xamanismo e a escrita. Segundo o autor, a interpretação dos Piro sobre o domínio de uma técnica ainda não conhecida pelo grupo e sobre os conteúdos que esta permitia aceder é a de que estavam ambas calcadas no xamanismo piro. O líder Sangama, que afirmava ler os jornais que chegavam às suas mãos sem ter nunca aprendido a ler, fazia-o porque o papel, assim como os desenhos visualizados pelos xamãs em suas experiências com a ayahuasca, permitia visualizar aspectos de uma comunicação que era imperceptível à maioria das pessoas. E, diz Gow, para além desta interpretação do conteúdo gráfico da escrita, a forma como a leitura era feita — por meio de sopros e "limpeza de garganta" (throat-clearing) — confirmava seu caráter xamânico.
Gow (1990), ao analisar relato sobre o conhecimento da escrita por um líder piro, Sangama, antes da introdução da escrita e da escola pelos missionários do Summer Institute of Linguistics, estabelece igualmente uma relação entre o xamanismo e a escrita. Segundo o autor, a interpretação dos Piro sobre o domínio de uma técnica ainda não conhecida pelo grupo e sobre os conteúdos que esta permitia aceder é a de que estavam ambas calcadas no xamanismo piro. O líder Sangama, que afirmava ler os jornais que chegavam às suas mãos sem ter nunca aprendido a ler, fazia-o porque o papel, assim como os desenhos visualizados pelos xamãs em suas experiências com a ayahuasca, permitia visualizar aspectos de uma comunicação que era imperceptível à maioria das pessoas. E, diz Gow, para além desta interpretação do conteúdo gráfico da escrita, a forma como a leitura era feita — por meio de sopros e "limpeza de garganta" (throat-clearing) — confirmava seu caráter xamânico.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Notas para uma teoria do virar branco
Autor: José Antônio Kelly (maio de 2004) traduzido por Marcela Coelho de Souza.
Objetivo: relação com os brancos e o contato étnico.
Muitos consideram que os comentários dos Yanomamis de agora serem civilizados tem relação com a perda da identidade.
Localização: entre o Brasil e a Venezuela, aproximadamente 15 mil índios. 13.500 estão no estado do Amazonas.
Conceitos: a teoria do parentesco de Eduardo Viveiros de Castro (2001) e a teoria do simbolismo de Roy Wagner (1978, 1981) ou teoria da racionalidade generalizada de Kely (
Albert (1998) os brancos estão em várias esferas políticas: fantasmas (contato inicial), inimigos (extrativistas), amigos (missionários)
CITAÇÃO SOBRE AFINIDADE " Uma vez que a afinidade é o estado fundamental do campo relacional, uma certa quantidade de energia deve ser dispendida para se poderem criar zonas de valência consanguínea nesse campo" (Viveiros de Castro, 2002 a: 423).
A relação com o exterior: "pessoas distantes", "inimigas", "não humanas", "perigosos, mas necessários", "afinidade potencial". "gente de verdade" (MacCallum) e "afim potencial".
Os terceiros podem ser incluídos.
Como bem colocou Aparecida Vilaça " as pessoas fazem, de Outros, parentes (Vilaça, 2002). Os Yanomami podem se transformar em brancos. Na Amazônia, o inimigo é um parceiro de troca.
Objetivo: relação com os brancos e o contato étnico.
Muitos consideram que os comentários dos Yanomamis de agora serem civilizados tem relação com a perda da identidade.
Localização: entre o Brasil e a Venezuela, aproximadamente 15 mil índios. 13.500 estão no estado do Amazonas.
Conceitos: a teoria do parentesco de Eduardo Viveiros de Castro (2001) e a teoria do simbolismo de Roy Wagner (1978, 1981) ou teoria da racionalidade generalizada de Kely (
Albert (1998) os brancos estão em várias esferas políticas: fantasmas (contato inicial), inimigos (extrativistas), amigos (missionários)
CITAÇÃO SOBRE AFINIDADE " Uma vez que a afinidade é o estado fundamental do campo relacional, uma certa quantidade de energia deve ser dispendida para se poderem criar zonas de valência consanguínea nesse campo" (Viveiros de Castro, 2002 a: 423).
A relação com o exterior: "pessoas distantes", "inimigas", "não humanas", "perigosos, mas necessários", "afinidade potencial". "gente de verdade" (MacCallum) e "afim potencial".
Os terceiros podem ser incluídos.
Como bem colocou Aparecida Vilaça " as pessoas fazem, de Outros, parentes (Vilaça, 2002). Os Yanomami podem se transformar em brancos. Na Amazônia, o inimigo é um parceiro de troca.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Baniwa
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